terça-feira, 26 de junho de 2012

NA MIRA DOS ALUNOS - Crime cibernético é aprovado para entrar no Código Penal

Se você já foi vítima de Cyberbullying, PARA DENUNCAIR, CLIQUE NO LINK: https://denuncia.uol.com.br/

 

Carta na Escola

Por Telma Brito Rocha

Na mira dos alunos

Professores são alvo de estudantes que, por causa de uma nota baixa ou pura implicância, usam a internet para humilhá-los publicamente

As tecnologias da informação e comunicação, os computadores e os celulares tornaram-se meios facilitadores para publicar imagens e comentários depreciativos. Em blogs, fotologs e redes sociais, alunos ofendem e fazem chacota de seus professores ou demais funcionários da escola, com discursos de ódio que muitas vezes incidem em crimes de injúria, calúnia e difamação. Essa “nova moda” tem nome e chama-se ciberbullying, uma violência virtual que se multiplica de maneira inimaginável na internet.
Nos softwares sociais, como o Facebook, Bebo, MySpace, Linkedin, Hi5 e Orkut, esse  último  preferido entre crianças e adolescentes e que mantém hegemonia no País com 26,6 milhões de perfis. Comunidades são criadas para expor críticas e rejeição a um determinado professor. Assim, alunos buscam ofender e ridicularizar a figura do docente, usando imagens de animais (burro, macaco), bruxas, caveiras ou até mesmo com algum desenho pornográfico.
Na Internet, eles encontram um canal extremamente eficiente para poder extravasar suas desilusões, alegrias, frustrações e, principalmente, ódio e ressentimento com relação a uma nota baixa que tiraram em alguma avaliação da aprendizagem. Mas o mais grave disso tudo, é que os jovens, poupados de frustrações ao longo da sua formação, não aceitam serem desagradados. Se isso ocorre, batem de frente, impõem sua vontade, invertem a versão dos fatos, dissimulam e são hábeis em tornarem-se as vítimas frente aos seus responsáveis.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Nas comunidades, fotos de professores recebem efeitos especiais negativos. Internautas, de maneira anônima ou não, os criticam sem qualquer censura, fazem votações on-line para humilhar o alvo de seus ataques.
Essas comunidades afetam os professores de forma sucessiva e sua imagem é prejudicada e exposta a vários alunos de diferentes séries da escola, que podem, inclusive, participar postando mensagens ofensivas. Lidos por uma quantidade grande de alunos, esses comentários criam e disseminam uma imagem negativa do professor.

IMAGEM DA PROFISSÃO

Os efeitos do ciberbullying podem ser ainda mais graves que os efeitos das agressões físicas, pois têm potencial muito maior de macular a imagem das vítimas e, de certa forma, é mais seguro para os agressores, por conta do suposto anonimato da internet.
Esse tipo de violência tem contribuído ainda mais para fazer aflorar a questão da insatisfação dos professores no magistério, um tema que tem sido objeto de estudos cada vez mais frequentes nos últimos anos, tanto no Brasil como em outros países. Fatores como o estresse da profissão, associado ao excesso de trabalho, baixos salários, desvalorização profissional, dificuldades materiais, indisciplina do aluno e violência na escola, entre outros, são entendidos como causadores do chamado “Mal-estar docente”.
Essas situações podem ainda levar à manifestação de uma síndrome denominada Burnout – um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional. A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo) foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 70.

As escolas devem saber das medidas judiciais que professores podem tomar e ações pedagógicas que podem ser implementadas. Sem isso, os alunos continuarão a repetir essas atitudes porque terão certeza da impunidade. Vão continuar sentindo-se à vontade para arruinar a imagem do professor ou de qualquer outra pessoa. Dar essa permissão é comprometer a própria formação do aluno.



As vítimas de ciberbullying têm o direito de prestar queixa e pedir sanções penais. Caso o autor das ofensas tenha menos de 16 anos, os pais serão processados por injúria, calúnia e difamação. Se tiver entre 16 e 18 anos, responderá com os pais. E se tiver mais de 18 anos, assumirá a responsabilidade pelos crimes.
Para garantias legais, salve e imprima as páginas da internet onde foram divulgadas as mensagens de difamação ou ofensa sofrida e procure testemunhas. Não hesite em prestar queixa em delegacia comum ou naquela especializada em crimes virtuais, se houver uma em sua cidade.
Outras dicas pedagógicas são fundamentais e podem ajudar na conscientização dos alunos: dialogue com eles sobre o ciberbullying, para que não vejam esse ato como brincadeira.
Mostre a repercussão e a responsabilidade jurídica que esses atos podem levar. Converse também com os pais, realize palestras com toda comunidade escolar. Verifique se o regimento interno da escola prevê sanções a quem pratica atos agressivos. Em caso negativo, discuta com colegas gestores a possibilidade de incluir o tema.
Participe mais das redes sociais na internet, expresse suas opiniões, combata as agressões com diálogo; é preciso assumir os espaços das redes sociais como espaço de aprendizagens, cooperação e formação. Conheça as representações que os alunos possuem sobre sua prática pedagógica e reflita sobre elas. Assim, poderemos começar a trilhar um caminho mais eficaz em relação ao combate do ciberbullying.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/na-mira-dos-alunos/adaptado
Sobre a autora do artigo: Telma Brito Rocha - Pedagoga, Mestre e Doutora em Educação-UFBA. Sou Profa. do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Coordeno a Área de Gestão de Processos Educacionais do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID na mesma instituição. Desenvolvo projetos de pesquisa sobre o uso da internet segura, educação on-line e inclusão de alunos com deficiência em instituições de ensino por meio de tecnologias assistivas. Sou autora do livro Cyberbullying: ódio, violência virtual e profissão docente, Brasilia, LiberLivro, 2012. Co-organizei o livro: A vida no Orkut: Narrativas e aprendizagens nas redes sociais, Salvador EDUFBA, 2010. Áreas de interesse são formação de professores, bullying, cyberbullying, redes sociais, educação on-line. CV: http://lattes.cnpq.br/1134914737562713
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Alguns adolescentes abusam justamente do ciberbullying porque acreditam que não serão rastreados nem incrimados. Ledo engano!
 
Mesmo nos espaços comumente usados no Brasil para a prática do cyberbulying – comunidades no Orkut, Twitter e Blogs – nos quais o agressor se esconde atrás de perfis falsos e passa a atormentar insistentemente suas vítimas, há formas de nos defendermos. 
Caso você seja vítima de um crime na internet, imprima as provas com o endereço do e-mail do remetente, o código da fonte, a página da internet ou o endereço do site ou blog. Em seguida, vá até a delegacia mais próxima e leve as provas impressas – e se possível, vá até um Cartório de Notas para registrar uma Ata Notarial do conteúdo hospedado na internet.
Lembre-se de procurar a polícia para formalizar a denúncia e aguarde orientações. Não tome nenhuma atitude sem prévia autorização policial, pois a coleta de informações na Web sem autorização judicial caracteriza crime.

 

Ajude a manter a internet livre de crimes

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Se você tiver imagem da tela, print screen, foto, texto, áudio ou vídeo que quer denunciar, envie-nos:

Selecione o documento em seu computador:



https://denuncia.uol.com.br/


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 Professor vira alvo de chacota e ofensa de aluno na internet

Publicidade -RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/768633-professor-vira-alvo-de-chacota-e-ofensa-de-aluno-na-internet.shtml
Faça uma pesquisa no Orkut com "odeio" e "professor", e surgirão mais de mil grupos de discussão.
A professora Etiene Selbach foi vítima de "cyberbullying"; estudo do Rio Grande do Sul mostra que, a cada quatro professores gaúchos, um já sofreu agressão na internet A lista terá comunidades aparentemente inofensivas --como "Odeio a voz do meu professor"--, mas também incluirá outras raivosas e com nome da vítima --como "Odeio a professora Etiene".
"Primeiro, fiquei chocada. Depois, senti vergonha, tristeza. Chorei", diz Etiene Selbach, 43, professora de educação física num colégio particular de Porto Alegre.
A comunidade havia sido criada por um grupinho de alunas de 13 anos após serem repreendidas numa aula.

Etiene foi uma vítima do "bullying". No ambiente escolar, o "bullying" sempre foi associado àquele aluno valentão infernizando a vida do colega mais fraco. A novidade é que ele agora ataca o professor. E pela internet.Estudo do Sinpro (sindicato de mestres) do Rio Grande do Sul mostra que, a cada quatro professores gaúchos, um já sofreu agressão na internet. Os motivos: o aluno tirou nota baixa, incomodou-se com um trejeito do professor ou simplesmente não foi com a cara dele.
"Alguns alunos acham que não passa de brincadeira. Outros creem que estão anônimos na internet", diz o delegado Pedro Marques, da Delegacia contra Crimes Cibernéticos de Minas Gerais.
Calúnia, difamação e injúria são crimes. Quando o autor é maior de idade, pode ser condenado à prisão. Quando menor, ser advertido ou, em caso grave, internado em entidade como a antiga Febem.
Em 2008, os pais de um grupo de alunos de um colégio particular de Rondônia foram sentenciados a pagar R$ 15 mil por danos morais a um professor de matemática vítima de chacota no Orkut.


O "bullying" também está no ensino superior. Roberta (nome fictício), 41, professora de jornalismo numa faculdade privada no interior de Minas, foi alvo dos desabafos de um estudante de 24 anos.
"No Orkut, ele me chamava de velha e dissimulada. Apareceu gente escrevendo que eu era uma oferenda que deveria voltar para o mar. Fiquei perturbada", conta. "Aquela figura do mestre, um profissional que merece respeito, não existe mais."
Para Telma Brito Rocha, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia que estuda o "cyberbullying" contra professores, as escolas precisam incluir o bom uso da internet na grade curricular.
"As crianças passam o dia na internet, mas os colégios não discutem temas como pedofilia ou responsabilidade por aquilo que se publica. Os pais também não fazem isso. Acham que basta pôr um bloqueador de site [de sexo] e pronto. Falta diálogo".
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LEIA MAIS: http://www.dnt.adv.br/noticias/cibercultura/cyberbullying-o-que-e-e-como-se-proteger-desse-grave-problema/
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vídeo:  Serginho Groisman entrevista Isabela Nicastro, vítima de bullyng pela internet.

http://www.youtube.com/results?search_query=SERGINHO+GROISMAN+ENTREVISTA+ISABELA+NICASTRO&oq=SERGINHO+GROISMAN+ENTREVISTA+ISABELA+NICASTRO&aq=f&aqi=&aql=&gs_l=youtube.12...18684.37727.0.39540.18.13.0.0.0.0.611.4276.2-3j9j0j1.13.0...0.0.tJWmIqgsQWM
LEMBRE-SE: A NATUREZA É PERFEITA. QUEM PLANTA, COLHE! PENSE NISSO MAIS QUE DIANTE DE CADA AÇÃO, PENSAMENTO  OU ATITUDE... PENSE NISSO COMO UMA FORMA DE ATUAR COMO UM SER HUMANO MELHOR, EM PROCESSO CONSTANTE DE EVOLUÇÃO, TENTANDO ACERTAR SEMPRE.


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