segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Vídeo: Lição de Casa é participação

"Pais: Dêem um basta à súplica para que o filho e/ou filha passe de ano" - Içami Tiba


A lição de Matemática pode ser especialmente difícil para seu filho (a) - veja como ajudá-lo (a)!
Equações, Frações, Números Negativos, Construção de Gráficos, Notação Científica, Potências.... As tarefas de matemática na segunda etapa do ensino fundamental começam a trazer temas que, para muitos pais e mães, estão há muito tempo esquecidos e para outros são verdadeiros problemas. Como agir, então, se o filho (a) pedir ajuda na resolução de um exercício?
Foto: A lição de Matemática pode ser especialmente difícil para seu filho - veja como ajudá-lo! 


Confira mais dicas como estas no especial Lição de Casa. Antes de tudo é preciso tomar cuidado para não repassar qualquer tipo de preconceito com relação à disciplina em si. "É muito comum os pais, diante de uma questão um pouco mais complexa, fazerem comentários negativos sobre a matéria como ‘é difícil mesmo’, ‘eu também não entendia nada disso’, etc.", diz Rommel Fernandes Domingos, diretor de ensino e professor de matemática do Colégio Bernoulli. "Desta maneira está-se dizendo para o filho que ele tem a opção de não aprender aquilo. Afinal, se o adulto chegou até onde chegou sem precisar daquele conhecimento, ele também pode abrir mão dele". Também não ajuda ir para o outro extremo. "Pais que têm mais facilidade com os números ou cujo trabalho exige este domínio devem ficar atentos para não usar isto para uma demonstração de competência perante o filho ou de impaciência diante da dúvida", comenta.

Outro ponto fundamental é o de ajudar o filho a enfrentar a dificuldade apresentada. "A geração atual não lida bem com nenhum tipo de frustração de tão acostumada que está em ter tudo nas mãos, bastando um clique para ter uma resposta que procura na internet", afirma Iolanda de Souza Oliveira, professora de matemática das turmas de 8º ano do Ensino Fundamental do Colégio Anchieta. "Os pais precisam mostrar a importância da tentativa e erro, ressaltar que errar faz parte do aprendizado".

Os dois educadores tranquilizam os pais lembrando que, a princípio, o filho terá sempre condições para realizar a tarefa enviada para casa. "A lição é complementar ao que foi trabalhado em sala de aula. Ou seja, ele já teve contato anterior com aquele conteúdo explicado pelo professor. Em casa, os pais podem lembrá-lo disso, ajudá-lo a controlar a ansiedade e, caso ele tenha dúvidas, caminhar passo a passo com ele até a resolução", diz Iolanda.
Confira as dicas para ajudar neste trajeto:
Para ler, clique nos itens abaixo:
1. Atenção ao enunciado
2. Procurar exemplos
3. Identificar a raiz da dificuldade
4. Perceber se há falta de foco
5. Orientar que as dúvidas sejam resolvidas com o professor
6. Elogiar o cumprimento das tarefas
 
 Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/como-ajudar-licao-matematica-736667.shtml#
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Estimular os filhos a tirarem proveito da lição de casa é essencial para que eles obtenham sucesso na vida escolar. É importante também evitar a “decoreba”, onde o aluno apenas repete o conteúdo sem refletir, não absorvendo o conhecimento.

Os (as) alunos (as) devem fazer as lições sozinhos, pois a escola passa apenas o que eles tem capacidade para realizar.

 
Quando os pais fazem o trabalho para o seu filho, além de não ajudá-los, prejudicam sua autoestima, pois tiram sua possibilidade de realização. É da prática que nasce a perfeição. E quando os pais antecipam-se ao pedido de ajuda, sem esperar que o filho peça, pode transmitir a impressão que não acreditam que ele seja capaz de fazer sozinho. Não há autoestima que resista a este descrédito.

“Nas tarefas escolares, ajudar não significa fazer pelo filho. Quem tem de fazer é a criança” (Içami Tiba – Quem ama educa – pág. 190).

“Se o filho sabe estudar, aprendeu estudando. Ninguém pode estudar por ele” (Içami Tiba – Quem ama educa – pág. 189).

“Uma das funções educativas mais importantes é capacitar o filho para sobrevivência”.(Içami Tiba – Quem ama educa –pág. 192).

“Caso os pais desejem ensinar, devem fazê-lo em outra folha, e não no caderno da escola. O caderno de lição de casa é responsabilidade da criança”.(Içami Tiba – Quem ama educa – pág. 191)


 Os 10 mandamentos do dever de casa
 
1. Jamais faça lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga “tente novamente” diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina a lição de casa. Aprofundar e rever os conteúdos são fundamentais.

8. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de natureza diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, consequentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.


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Içami TibaDever de casa

Coluna Pais e Professores


Pais: Dêem um basta à súplica para que o filho passe de ano.

Seu filho não tem que ser aprovado e sim aprender o que lhe é ensinado. Nosso cérebro aprende perfeitamente neste binômio pergunta-resposta, não importa a ordem. Não se aprende com uma pergunta sem resposta nem com uma resposta sem se saber da pergunta. Os pais têm que acompanhar de perto os estudos dos filhos, não permitindo que costumes populares tão arraigados na cultura estudantil brasileira tomem conta deles.

Os conceitos contemporâneos de educação formam hoje um novo paradigma: o da Alta Performance. É fazer e pensar o melhor possível para o bem da humanidade e da preservação das condições de vida no planeta. Deve-se usar sempre o seletor de pensamentos para escolher os melhores dentre os 60.000 que temos a cada dia, dos quais 95% são simplesmente repetitivos. São 55 pensamentos por segundo para quem dorme 8 horas por dia. Para se fazer o melhor possível uma pessoa tem que ter conhecimentos atualizados e a prática do aprender sempre. A obsolescência é um atraso de vida.

Os pais devem saber que decoreba não é aprendizado, mas sim um material colocado pronto no cérebro que não é assimilado pelo corpo do conhecimento, pois é perecível e descartável. Ele perece após a prova, sendo ou não usado. A memória retém o conteúdo até o término da prova, após a qual ele é deletado. Quando se registra em algum lugar o número do telefone, este desaparece da memória.

Para aprender, o aluno tem que estudar corretamente e descobrir sua finalidade, que é encontrar o significado daquela matéria estudada. É impossível os pais estudarem pelo filho ou controlarem a mente dele. Os pais podem até obrigar o filho a estudar, mas o que ele faz na mente dele, só a ele pertence. Os pais têm como exigir resultados e isto dá trabalho, mas é fácil.

O filho tem o dever de estudar em casa as matérias que os professores passaram em aula diariamente e não somente nas vésperas das provas. O filho pode descobrir qual o melhor meio para estudar, mas que faça um resumo de três linhas sobre o que estudou, usando em média 50 palavras próprias.

A quantidade, em média 50 palavras, é suficiente para desenvolver uma idéia com começo, meio e fim, usando resumidamente algumas explicações básicas. É quase um terço das 140 palavras que se usa no Twitter, serviço de microblogging em que mensagens curtas e rápidas são trocadas na internet. A qualidade das próprias palavras sem usar nenhuma do texto estudado é para que o corpo do conhecimento que assimilou o conteúdo, use-o pela primeira vez no texto não como repetição, mas como uma experimentação. Quem não conseguir usar as próprias palavras é porque não fez a própria assimilação e "decorou" o texto. Só se consegue expressar desta maneira quem realmente tenha assimilado.

A grande novidade deste método de Alta Perfomance de Estudo é descobrir onde e como aplicar o que estudou. Isso deve também estar resumidamente escrito como observação além do texto, no próprio resumo, como se fosse um item "Como ou quando usar". Assim, o cérebro completa o binômio pergunta-resposta para completar um conhecimento.

Cobrar este resumo é fácil. Basta que o filho envie pelo celular como SMS, e-mail etc. Os pais estão preparando o filho para serem responsáveis sem deixar nada para depois.

Cobrar que os filhos cumpram com suas obrigações é um gesto de amor, e quem ama, educa. Se o filho é mole, a cobrança tem que ser firme. Ele não poderá fazer qualquer outra atividade (sair, "internetar", dormir, etc) sem antes cumprir sua tarefa do dia. Caso ele durma sem tê-la feito, cabe aos pais acordar o filho para que faça. Poupar o filho "já que ele dormiu" é dar marcha ré no processo do aprendizado responsável. Acordar o filho não é ruindade mas muito amor para poder dissolver a preguiça mental e corporal que mina qualquer educação e atrasa o Brasil.